Eternidade

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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Discussões



Hora de aborrecimento ou desagrado
– tempo de silêncio e de oração.
Esclarecer, analisar, observar, anotar,
mas toda vez que o azedume apareça, mesmo de longe,
deixar a conversação ou o entendimento para depois.
Discutir, no sentido de questionar ou contentar,
é o mesmo que atirar querosene à fogueira.

Sempre que nos adentramos na irritação,
a tomada de nosso pensamento se liga, de imediato,
para as áreas da perturbação ou da sombra.
Então, a palavra se nos debita
na conta do arrependimento, porque fàcilmente
exageramos impressões, esposamos falsos julgamentos,
provocamos reações negativas ou magoamos alguém sem querer.
E o pior de tudo isso é que as rupturas
nas relações harmoniosas do lar ou do grupo fraterno
se principiam de bagatelas, semelhantes às brechas diminutas
pelas quais se esbarrondam vigorosas represas,
criando as calamidades da inundação.

Saibamos tolerar os dissabores e contratempos da vida,
arredando-os do cotidiano, como quem alimpa um campo minado.
Aceitemos a reclamação alheia, paguemos o prejuízo
que nos seja possível resgatar sem maior sacrifício
e esqueçamos a frase impensada ou o gesto de desconsideração
tantas vezes involuntários com que nos hajam ferido.
Nunca valorizar ocorrências desagradáveis
ou futilidades que pretendam tisnar-nos o otimismo.

Há quem diga que da discussão nasce a luz.
É provável seja ela, em muitos casos,
um fator de discernimento, quando manejada
por espíritos de elevada compreensão; no entanto,
em muitos outros, nada mais faz
que apoiar a discórdia e apagar a luz.



Chico Xavier / Emmanuel (espírito)

Fonte: NEECX - Núcleo de Estudos Espíritas Chico Xavier

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