Eternidade

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O ESPÍRITA




    O espírita consciente de seus deveres não desanima ante as dificuldades naturais do caminho estreito.
    Sabe que a luta é difícil, mas confia na vitória da perseverança.
    Compreendendo a tarefa que lhe cabe desempenhar na construção de um mundo novo, trabalha sem esmorecimento na seara do bem, vivenciando a fé nas menores atitudes. 
    Coopera com todos, sem exigir cooperação. 
    Incentiva os companheiros de ideal, certo de que cada um faz o que está ao alcance de suas possibilidades. 
    Entende as suas e as limitações alheias, porquanto o Espiritismo lhe esclarece que todos somos Espíritos em evolução, ainda presos ao passado de erros exigindo resgate no presente. 
    O Espírita, embora seja um homem como qualquer outro, com os mesmos anseios e aspirações, é chamado a influenciar na espiritualização das criaturas a partir do próprio exemplo. 
    Valorizando o tempo que muitos desprezam, renuncia aos prazeres e facilidades terrestres, aproveitando cada minuto que lhe é concedido pela reencarnação no sentido de melhorar-se. 
    Convicto sobre a transitoriedade dos bens materiais exercita o desprendimento, retendo consigo apenas aquilo de que tenha absoluta necessidade. 
    Adepto da Fé Raciocinada, o espírita busca fugir a extremismos de opinião, cônscio de que o fanatismo religioso é um dos maiores entraves ao progresso da Humanidade. 
    No recinto doméstico, é o servidor que se sacrifica pela felicidade dos corações amados. 
    Na via pública, é o amigo da caridade, sempre vigilante de forma a não perder a oportunidade de ser útil. 
    No ambiente de trabalho, é o companheiro que se faz admirado pela gentileza e pela competência. 
    O espírita na instituição a que se vincula, é o irmão que não se preocupa com a disputa de cargos, mas, sim, em cumprir com alegria os encargos que lhe dizem respeito, na certeza de que "o maior no Reino dos Céus é o que se fizer na Terra o servidor de todos". 
    Não critica a ninguém.
    Não agasalha a vaidade.
    Não se julga privilegiado.
    Não participa de discussões estéreis.
    Não se faz instrumento da maledicência. 
    A respeito dele, escreveu Allan Kardec: "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende para domar as suas más inclinações". 
    Vejamos que não se trata de exibir atestado de santidade, mas de renovar-se a cada dia nos esforços de todo instante, levantando-se das possíveis quedas e seguindo adiante, com o fardo que sustenta aos próprios ombros.

    Irmão José & Carlos Baccelli
    Livro: Seara de Luz

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