Eternidade

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Vida e a Morte


O que é a vida? O que é a morte?

A vida é o resultado de todos esses movimentos que se entrecruzam sob mil ondulações, combinando mil variedades de forças e de coisas, desde o diamante adormecido no seio da mina, à planta que se eleva sôfrega para a luz, aos répteis que rastejam, aos pássaros que voam, aos animais, aos homens, crescidos na Terra, onde a luz e o calor os atraem; onde o magnetismo os liga sob o dinamismo das forças ativas da Física e da Química, onde permanecem sujeitos a uma Vontade Toda Poderosa.

Mas a Vida não se limita ao que existe na Terra, acessível aos estreitos sentidos humanos e aos nossos mais aperfeiçoados instrumentos.

Todos esses movimentos, todas essas ondulações se exercem também nas alturas, nos espaços, nos céus do Universo inteiro. Por toda a parte está a vida, e até na própria morte ela se manifesta, porque a morte não é mais que um movimento de renovação, de transformismo para a perfeição.

A vida não é só o que se percebe na Terra, o que se revela pelo microscópio; não é só o que se mostra na atmosfera; não é tudo o que enche os mares, e povoam os ares em germens invisíveis; não é só o que se apresenta no solo sob miríades de espécies, vegetais e animais, não é só a raça humana com suas quedas e ascensões.

A Vida é a permanência eterna dos Espíritos modelando todas as formas de existências planetárias e siderais, de posse da força e da matéria para a execução dos planos divinos. A Vida está em toda a parte; no Cosmos, ela é a expansão da Vontade de Deus, é a ação poderosa do Criador Supremo.

Na Terra, como princípio de ciência, a vida é a união do principio vital à matéria organizada. Sem esse agente a matéria não pode viver, desagrega-se e, pela transformação, reúne-se em outros corpos, que dão a vida aos seres em geral ou que lhe servem de instrumentos.

O principio vital está sempre de acordo com as espécies que animaliza; ele tem a sua fonte no fluido universal, e se constitui no laço que une o corpo ao Espírito. O esgotamento, ou a cessação do fluido vital, no homem, ocasiona o que chamamos morte, ou seja, a separação do Espírito do corpo.

E o fluido vital que dá a todas as partes do organismo a atividade que estabelece as funções. Quando o fluido vital se torna insuficiente para a manutenção do organismo, vem a moléstia e a morte. Mas esse fluido pode ser transmitido de um a outro indivíduo, e, em certos casos, reanimar um organismo, prestes a desaparecer.

E' por meio do fluido vital que se operam geralmente as curas dos enfermos; ele é o elemento reparador e vivificador dos corpos.


Cairbar Schutel

Do livro Médiuns e Mediunidade, de Cairbar Schutel.

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